Campanha salarial das operadoras: um balanço inicial

Postado por: admin Categoria: Notícias

aumento-realA FENATTEL e seus Sindicatos filiados participaram, através de suas comissões de negociação, das rodadas iniciais realizadas com as operadoras VIVO, TIM e CLARO com o objetivo de discutir as condições em que se darão a renovação dos acordos coletivos de trabalho com essas empresas.

Como era de se esperar, as empresas parecem estar bem ensaiadas com seus discursos sobre “cenário macroeconômico adverso”, “crise política institucional”, recessão da economia”, “desemprego”, preparando o terreno para oferecer péssimas propostas para os trabalhadores.

Vejam só um breve “resumo da ópera” até agora

VIVO propõe zero de reajuste

Na última reunião ocorrida no dia 13, a empresa veio sem novidades e, muito pior, propôs zero de reajuste. Com um lucro de quase 1 bilhão e resultados econômicos positivos, a Vivo quer tentar enrolar e manter o ACT atual, tanto em salários e benefícios. Isso é um verdadeiro desrespeito com os trabalhadores!

Com uma inflação baixa (fechada em 1,73%) e o aumento do lucro em 24,8% no segundo trimestre deste ano, não fez o menor sentido a proposta nem a justificativa da empresa. A receita operacional líquida de serviços da Vivo cresceu 2,3% no segundo trimestre deste ano. A base de clientes de ultra banda larga cresce 8,5% no trimestre. Os custos operacionais chegaram ao sexto trimestre consecutivo de queda.

Portanto, aumento real pode ser aplicado sim e a operadora tem condições financeiras para isso! Uma nova reunião deve ocorrer em 27 de setembro.

TIM não apresenta proposta

Em um momento de estagnação econômica e dificuldades enfrentadas por diversos segmentos, a TIM não aparenta estar em crise, conforme seu relatório financeiro. O lucro líquido segue trajetória consistente e terminou o 1º semestre de 2017 com crescimento de 73,8%. Ao comparar o segundo trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o lucro líquido cresceu 196%, segundo análise da subseção do DIEESE na FENATTEL.

A TIM encerrou 2016 com 9.863 funcionários em todo o Brasil e sua remuneração total (remuneração com salários, FGTS e benefícios) representou somente 6,59% do valor adicionado (toda a riqueza produzida pelos trabalhadores).

Esses números demonstram claramente que a TIM tem condições de reajustar os salários com aumento real e benefícios, sem prejuízos no andamento de seus negócios. Na reunião ocorrida no dia 30/08, entretanto, a empresa não apresentou qualquer proposta. Uma nova reunião está agendada para o dia 02/10.

CLARO também comparece à negociação sem proposta

Como você já deve ter percebido, as operadoras parecem estar de brincadeira, mas de muito mau gosto! Na reunião ocorrida no dia 14/09 para discutir o Acordo Coletivo e o PPR/2017, a CLARO não apresentou proposta de reajuste.

E ainda tem um agravante: enquanto a VIVO e a TIM já pagaram ou vão pagar em breve o adiantamento do PPR/2017, na CLARO nem o modelo está definido ainda! A empresa vem enrolando as negociações desde abril e os trabalhadores é que são os maiores prejudicados.

Os dirigentes sindicais protestaram contra a morosidade da CLARO e reivindicaram da empresa que apresente propostas decentes na próxima reunião, dias 3 e 4 de outubro.

AUMENTO REAL JÁ!

Em um cenário de inflação baixa e de números positivos nas operadoras de telecom os trabalhadores tem a oportunidade de buscarem a reposição de parte das perdas salariais ocorridas ao longo dos últimos anos. Aumento real é possível, SIM! Vamos juntos garantir nossos direitos!

 

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