Seguem as negociações com as operadoras

Postado por: admin Categoria: Notícias

deslikeEssa semana, entre os dias 2 e 5 de outubro, ocorreram novas reuniões de negociação com as operadoras TIM, CLARO e VIVO para celebração dos novos acordos coletivos de trabalho. As empresas demonstraram estar bem “combinadas”: todas apresentaram propostas de reajuste zero para salários e benefícios, com exceção da TIM que “avançou” (entre aspas) em sua proposta. Veja aqui como foi:

TIM

Na reunião realizada no dia 2 de outubro, a TIM ofereceu zero de reajuste nos salários e benefícios. Os dirigentes sindicais presentes recusaram imediatamente a proposta, que está em absoluta contradição com o fato de que a empresa vem alcançando os melhores resultados dos últimos sete anos.

Com a recusa, a empresa resolveu apresentar a seguinte proposta:
• Piso Salarial: ZERO de reajuste
• Demais salários: 1,38% (abaixo do INPC) em 1º de setembro
• Benefícios: 1,73% (INPC do período) em 1º de setembro

A comissão sindical entendeu que a proposta apresentada está muito abaixo das possibilidades da empresa e do real merecimento dos trabalhadores. Veja alguns dos resultados alcançados pela TIM:
• 33,5% Ebitida (maior índice em 7 anos)
• Conquista de quase 1 milhão de clientes pós-pagos no 1 º sem. de 2017
• Crescimento de 20% nas receitas inovativas (dados + conteúdo)
• Crescimento de 9% da receita média por usuário

Diante do cenário atual, os sindicatos avaliam que esta é a oportunidade para a TIM valorizar e reconhecer seus trabalhadores, visto que a inflação foi baixa e seus resultados excelentes. Não adianta só repassar seus lucros para os acionistas, é preciso também remunerar seus trabalhadores com reajuste e ganho real.

=> Próximas reuniões: 24 e 25 de outubro.

CLARO

Em novo encontro de negociação da Comissão da FENATTEL, em 3 de outubro, a Claro voltou a se queixar de cenário econômico desfavorável que compromete seus resultados e propôs manter o atual acordo coletivo, sem qualquer reajuste nos salários e benefícios. Obviamente, os dirigentes sindicais repudiaram o inadmissível congelamento de salários e benefícios.

E quanto à novela do PPR/2017, depois de longo estudo, a empresa trouxe novamente a mesma proposta que havia apresentado no longínquo mês de abril. Na oportunidade, a proposta foi rejeitada porque mantinha um temerário gatilho – meta que, se não for atingida, zera todo o resultado – além de não prever adiantamento e ainda exigir uma eligibilidade de 120 dias.

=> Próxima reunião: dia 24 de outubro.

VIVO

A reunião com a Vivo ocorreu no dia 5 de outubro, em São Paulo. Na ocasião, a empresa manteve sua intenção de congelar salários e benefícios e, agora, oferece um abono salarial para “comprar” a dignidade de seus trabalhadores. Um absurdo, imediatamente repudiado pelos dirigentes sindicais presentes.

A Vivo tem apresentado resultados econômicos e operacionais positivos, tais como: aumento do lucro e da receita operacional líquida e crescimento da base de clientes de ultra banda larga. Além desses exemplos, deve-se destacar que os custos operacionais chegaram ao sexto trimestre consecutivo de queda.

=> Próxima reunião: dia 26 de outubro.

OI

A Oi ainda não agendou uma data para iniciar as negociações do acordo coletivo de seus trabalhadores. Esperava-se que a primeira reunião ocorresse imediatamente após a realização da assembleia de credores habilitados no processo de recuperação judicial que a companhia enfrenta. A assembleia estava convocada para o dia 9 de outubro, mas foi adiada para o dia 23.

A Fenattel enviou no último dia 4 correspondencia formal à empresa, expressando a grande preocupação com a situação que o setor atravessa, dada a precarização das condições dos trabalhadores, e reivindicando a urgente abertura do processo de negociação do ACT 2017/2018, como meio eficaz para atender as demandas dos empregados por segurança na relação de emprego e salários.

AUMENTO REAL JÁ!

O SINTTEL vem reafirmar que um cenário de inflação baixa e de números positivos nas operadoras de telecom dão aos trabalhadores a oportunidade de buscarem a reposição de parte das perdas salariais ocorridas ao longo dos últimos anos. Aumento real é possível, SIM!

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