Uma desagradável surpresa foi o que a TIM proporcionou aos membros da Comissão de Negociação da Federação Livre: retirada de benefícios conquistados pelos trabalhadores.
Durante a terceira reunião, realizada nesta quarta-feira (25/09) com os representantes da gigante italiana das telecomunicações, a Comissão recebeu, perplexa, este verdadeiro míssil jogado sem nenhum constrangimento. A empresa desconsidera o crescente lucro que vem obtendo nos últimos anos, notadamente em 2024, e deixa a ganância por dinheiro falar mais alto do que o reconhecimento do esforço dos trabalhadores.
Quais foram os cortes propostos pela empresa?
=> Acabar com a garantia do feriado de Corpus Christi;
=> Cortar os dias-pontes;
=> Acabar com as folgas dos dias 24 e 31/12;
=> Aumentar de 100 para 300 horas o gatilho para pagamento de horas extras dentro do Banco de Horas;
=> Acabar com a relação de 1 x 1,5 nas folgas do Banco, ou seja, passar para 1 dia de trabalho acumulado para 1 dia de folga;
=> Fim das homologações nos sindicatos;
=> Retirar o Plano de Saúde do Acordo Coletivo;
=> E, por último, a empresa não garante manter o PPR a partir de 2025.
E não acabou: a empresa propôs reajustar os salários somente em março de 2025, e em apenas 2%, um pouco mais da metade da inflação medida entre set/23 e ago/24). Os benefícios a TIM até propôs reajustar pelo INPC (3,71%), mas somente em março de 2025. E para “compensar” tamanho prejuízo para os trabalhadores, a empresa ofereceu um abono de R$ 750,00.
A empresa não tem motivo algum para apresentar uma proposta tão danosa para os seus empregados. Seus resultados financeiros são muito bons.
A Comissão de Negociação dos Trabalhadores da Federação Livre apresentou uma pauta enxuta, contendo um item que somente a TIM não proporciona: o Auxílio Alimentação para empregadas em licença-maternidade. Nem isso a empresa aceitou.
É uma hipocrisia! A empresa, na reunião passada, vangloriou-se de ser a mais avançada no trato com seus empregados, pioneira em algumas questões na área social. E agora, a TIM apunhala pelas costas os trabalhadores, tentando retirar benefícios e oferecendo condições de reajuste (índice e prazo) muito abaixo do mínimo necessário.
Claro que a Comissão rejeitou essa aberração proposta pela TIM com um sonoro “NÃO”! Esperamos que, na próxima reunião, que será nos dias 8, 9 e 10 de outubro, presencialmente, a TIM retome a compostura de anos anteriores e apresente uma proposta que avance. Não negociamos retrocessos.
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