Em meio aos debates que ocorrem na Câmara dos Deputados para tratar da aprovação ou rejeição do Projeto de Lei 4.330/2014, que regulamenta a terceirização de serviços no país retirando qualquer restrição à prática empresarial, mais um trabalhador terceirizado foi vítima de um acidente de trabalho: Cássio Gomes Rodrigues, instalador na ARM Telecomunicações, empresa que presta serviços de instalação e manutenção da rede de telefonia da operadora Oi, sofreu queda após entrar em contato com uma cordoalha energizada.
O Sinttel, tão logo tomou conhecimento do acidente, procurou à empresa para assegurar que toda a assistência seja devidamente prestada ao trabalhador neste momento. Neste sentido, reivindicamos a remoção do acidentado para o hospital da rede privada que atende aos demais empregados da ARM, sem custo adicional para o trabalhador ou sua família.
O ocorrido com Cássio Rodrigues vem engrossar as tristes estatísticas que acompanham o trabalho terceirizado no Brasil. Segundo estudos do DIEESE, os trabalhadores terceirizados recebem salários 27% menores, passam em média 2,6 anos a menos no emprego, possuem, em média 3 horas a mais de jornada por semana. E em se tratando de acidentes de trabalho, de cada 5 trabalhadores que morrem no trabalho (o que felizmente não foi o caso do Cássio), 4 são terceirizados. Não é à toa que a classe trabalhadora, em uníssono, se coloca contrária à aprovação desse projeto.
O Sinttel permanecerá vigilante, acompanhando a evolução do tratamento do trabalhador acidentado e lutando pela melhoria das condições de trabalho e renda de toda a categoria.
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