Protestos e paralisações serão contra os ataques ao serviço público e aos servidores, às estatais e em defesa do emprego e da democracia.
Temos vivenciado desde as eleições de 2018 uma escalada vertiginosa do programa ultraneoliberal da coalizão de forças golpistas que abriram as portas do fascismo, colocaram Bolsonaro na Presidência da República e comandam as instituições que implementam este programa. Buscamos resistir, enfrentar e dar resposta com ampliação da unidade das forças sociais e mobilizações pela defesa da soberania, da democracia e dos direitos, que vem sendo ampla e sistematicamente atacados e destruídos por esse projeto. Uma resposta que, necessariamente, tem que ser criada, coletivamente.
A paralisação da economia, a falta de investimentos públicos que gerem emprego e renda e impeçam o colapso no serviço público que prejudicam milhares de brasileiros, como os que estão nas filas de espera do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) aguardando resposta a pedidos de aposentadoria ou auxílio-doença, ou nas filas de espera do Programa Bolsa Família aguardando um benefício que nunca vem, também são temas que levam a população a se revoltar e ir para as ruas protestar.
Bolsonaro avança para retirar direitos de todos os trabalhadores/as, dos setores público e privado, com a reforma administrativa em curso no Congresso Nacional, que somada às privatizações, aprofunda o desmonte do serviço público, atingindo principalmente a saúde, educação, transporte, saneamento, moradia, entre outros. Colocaram à venda as empresas de saneamento, o sistema Eletrobrás, a Petrobrás, os Correios, etc
No setor privado, além do ataque às aposentadorias dos trabalhadores, a MP 905, da Carteira Verde e Amarela, aprofunda a retirada de direitos e a precarização do trabalho e dos salários. Sem contar os milhões de desempregados e a explosão do número de trabalhadores informais, sem direitos.
Além da política de desmonte dos serviços públicos e de ataque à classe trabalhadora, Bolsonaro cultua nomes e os horrores praticados durante a ditadura militar, como tortura e censura, em sucessivos ataques à democracia e à Constituição Federal.
O governo federal também criminaliza os movimentos sociais, estimula a propagação de mentiras e do discurso de ódio e preconceito contra pobres, mulheres, homossexuais, negros e indígenas. Contribui, assim, para o aumento do número de assassinatos de sem-terra, sem-teto, indígenas, feminicídio, de lideranças que lutam pelo povo.
O serviço público de saúde deixou de receber mais de R$ 9 bilhões devido ao congelamento, em 2019. Isso representa redução da cobertura de vacinação; precarização dos institutos de pesquisa e produção de vacinas; falta de produtos para combate do mosquito da dengue, entre outros retrocessos e perdas.
Na educação, cortes afetaram, entre outras ações, aquelas voltadas à redução das desigualdades educacionais, como a concessão de bolsa no ensino superior e o apoio à infraestrutura no Ensino Básico, além das universidades públicas e as verbas para pesquisas.
Como consequências, doenças já erradicadas estão de volta, outras como a dengue, tiveram aumento de casos, redução de bolsas do ProUni, de concessões do Fies, menos recursos para construção de creches, as filas no INSS e no Bolsa Família ultrapassam milhões. E nesse cenário, ainda teremos de enfrentar o coranavírus!
Por tudo isso, as mobilizações nesse próximo 18 de março devem se constituir num marco essencial, demonstrando nossa disposição e capacidade de luta em defesa de nossas bandeiras e contra o desmantelamento das instituições democráticas, dos direitos e da soberania.
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