Enquanto acumula resultados positivos, a CLARO amplia a distância do bom senso. Ao mesmo tempo em que arrasta a negociação, acumula crescimento de receita no serviço móvel e estabilidade na TV por assinatura onde é líder. Ou seja, motivo financeiro pra negar reajuste e avanços não pode ser.
O Grupo CLARO vem crescendo desde 2014, ao contrário da realidade de seus trabalhadores. A unificação das três empresas em uma só, a partir de janeiro de 2015, só fez aumentar a exploração.
Alguns fatos comprovam isso:
√ retirada o adiantamento do PPR que era pago anualmente em setembro aos trabalhadores da Claro;
√ congelamento por dois anos do vale-refeição dos trabalhadores da Embratel;
√ anexados os trabalhadores da NET sem o pagamento da periculosidade e sem os benefícios das outras duas empresas.
Hoje, um trabalhador sai em férias e não recebe o vale-refeição por que é da outra “unidade”, enquanto outro tem a despesa de deslocamento reembolsada de uma forma diferente. Desde 2017, quem é admitido na empresa tem um vale-refeição menor e não recebe o benefício nas férias. E a empresa pratica a discriminação regional ao aplicar VR menor para o Norte/Nordeste.
A choradeira nas negociações não impediu a empresa de incorporar a NEXTEL, já no próximo ano, para ultrapassar a concorrente em receita líquida da parte móvel (celular). E sequer falou qual será a realidade desses trabalhadores.
Enquanto as demais operadoras têm apontado alternativas para as negociações salariais, firmando Acordos Coletivos de Trabalho, a CLARO repete a estratégia de começar a negociação com proposta negativa, objetivando chegar a zero. O índice da inflação do período (01/set/18 a 30/ago/19) é de 3,28% (INPC/IBGE), mas a empresa iniciou apontando um mísero reajuste de 1,2%.
Após três reuniões chegou-se a 2%, não pra agora, apenas para 2020. E sem nenhuma compensação. Na empresa se ampliam denúncias de assédio moral e aumento de sobrecarga de trabalho sem melhoria na remuneração.
São estes fatos e a perspectiva positiva para o empresariado brasileiro, no presente momento político, que nos força a dizer: CHEGA! A CLARO precisa respeitar seus trabalhadores e acabar com a discriminação. REPOSIÇÃO SALARIAL não é aumento. É repor o poder de compra que os salários perderam com a inflação do período.
Por isso, a Federação LIVRE – que reúne os Sindicatos do AM, CE, ES, PE, RJ, RN e RO – REJEITOU essa proposta e convoca a todos/as os/as trabalhadores/as a demonstrarem sua insatisfação com o que tem se apresentado até agora. Todos têm direito a uma parte maior do bolo. Ou, no mínimo, o mesmo pedaço!
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