O que infelizmente já não é mais nenhuma surpresa, as empresas provedoras de acesso à internet (SCM/SVA) continuam fazendo de conta que desconhecem a previsão constante da atual Convenção Coletiva de Trabalho do setor, determinando o reajuste das cláusulas econômicas (salários, pisos salariais e benefícios) a partir de 1º de junho passado.
Após várias tentativas de confirmação de reunião com as empresas através do sindicato patronal, o Sinttel/RN decidiu buscar a intervenção do poder público representado pela Superintendência Regional do Trabalho para uma reunião de mediação, que ocorrerá no próximo dia 16/08. Nesta reunião, buscaremos resposta das empresas para as reivindicações da categoria, listadas a seguir:
1. Recomposição integral de todos os salários, pisos salariais e benefícios sociais mediante o reajuste dos valores atualmente praticados em 16,90% (variação acumulada da inflação verificada no período de junho/2021 a maio/2022, acrescido de mais cinco por cento a título de compensação pelas perdas inflacionárias).
2. Reajuste do valor praticado para o benefício do Auxílio Alimentação em 17,24%, correspondente à variação do valor da cesta básica no período de junho/2021 a maio/2022 medida pelo DIEESE;
3. Aplicação de todos os reajustes na data base da categoria (1º de junho);
4. Manutenção de todas as demais cláusulas e condições do instrumento coletivo de trabalho vigente.
HISTÓRICO NEGOCIAL E CONJUNTURA SOCIAL E ECONÔMICA
Entendemos que esta será uma negociação difícil. Afinal, o país enfrenta o agravamento de uma profunda crise social e do quadro de estagnação econômica, com elevação da inflação, especialmente nos alimentos e combustíveis. O país tem experimentado um retorno a situações de pobreza e miséria que acreditávamos terem sido superadas com as ações de governos anteriores, mas que ressurgiram desde que Temer e depois Bolsonaro assumiram o governo e promoveram reformas (trabalhista e da previdência) que retiraram direitos dos trabalhadores, além de mudarem o modelo de precificação dos combustíveis praticado pela Petrobrás, atingindo toda a população.
E, para piorar, ainda teremos eleições gerais pela frente, quando serão eleitos presidente, governadores, senadores e deputados federais e estaduais em todo o país. Esta festa cívica, entretanto, que deveria ser oportunidade de participação democrática e consciente de todos, vem sendo ameaçada pelo atual mandatário, que parece não estar disposto a aceitar um resultado contrário ao seu próprio interesse, desrespeitando assim a vontade da maioria.
Além dessa conjuntura conturbada, o histórico recente de negociação com as empresas do setor demonstra o quanto de energia e disposição para mobilização e enfrentamento precisaremos para buscar uma proposta que atenda minimamente aos interesses e necessidades dos trabalhadores.
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