Campanha salarial 2023: chegou a vez das operadoras

Em 1º de agosto a Federação Livre e todos os sindicatos filiados entregaram as pautas de reivindicações dos trabalhadores às operadoras de telecomunicações, iniciando formalmente o processo negocial para revisão dos instrumentos coletivos. Até o momento já foram agendadas as seguintes reuniões:

22/08 – TIM
22/08 – VIVO
06/09 – CLARO

A campanha salarial das operadoras será coordenada pela Federação Livre com a participação diretoria do Sinttel RN.

Vale lembrar que neste ano apenas o acordo coletivo da Claro será revisado e negociado na sua totalidade. Já os acordos das demais operadoras têm vigência até 2024, por isso serão negociadas somente as cláusulas econômicas.

Para todas as operadoras a meta principal dos sindicatos na negociação é alcançar ganho real nos salários e nos benefícios, a partir do INPC acumulado até as respectivas datas base.

Você, companheiro da Algar, Claro, Oi, TIM, Vivo e V.tal, acompanhe o desenrolar da sua campanha salarial. A luta está só começando e, para avançar nas conquistas, a sua participação é decisiva.

Se ligue e aguarde novas informações do seu sindicato!

PPR 2023 DA CLARO CONTINUA EM DEBATE

Como acontece já há alguns anos, a CLARO demora a iniciar a negociação do programa de PPR e, quando enfim se dispõe a negociar, sempre apresenta uma proposta ruim. Este ano não foi diferente. Na reunião ocorrida no dia 17 passado, a empresa apresentou uma proposta com o mesmo target de 3,6 salário de prêmio e inclui um monte de retrocessos no modelo. Veja:

=> Data do pagamento: até agora, o pagamento do PPR é na sexta-feira antes do carnaval. A Claro quer transferir para Junho.

=> A Claro não quer pagar PPR para quem quis sair ou para os demitidos sem justa causa. No PPR/2022, o pagamento foi proporcional ao tempo trabalhado.

=> A empresa quer pagar PPR somente para quem tem pelo menos 90 dias de trabalho na empresa. No acordo do ano passado, esse tempo foi de 30 dias.

=> A Claro também quer pagar proporcionalmente o PPR quando o trabalhador muda de cargo ou diretoria. Até então, o PPR é pago integralmente, sem proporcionalidade, considerando o valor do salário base dezembro.

Os sindicatos deram um “chega pra lá” nessa proposta e ainda questionaram mudanças nas metas, nos indicadores e no prêmio. Nestes pontos o programa é praticamente o mesmo do ano passado. Ou seja, a Claro só trouxe propostas que retiram conquistas dos trabalhadores, com o que não podemos concordar. Nova reunião só no dia 6 de setembro.