Claro oferece 4% de reajuste em fevereiro/23 e PPR em abril/23

Postado por: Sinttel RN Categoria: Notícias

CLARO copia modelo de negociação de outras operadoras. Propõe reajuste mínimo e muito distante da data base: 4% de reposição nos salários em fevereiro do ano que vem, quando o INPC acumulado de setembro foi de 8,82%. Essa é a perda dos salários e que precisa sem compensada de forma integral e imediata.

A reunião com a CLARO na manhã desta quinta-feira, 15, não demorou muito. A empresa veio com uma proposta tão escabrosa que a Comissão da Livre não precisou de mais do que alguns poucos minutos para desmontar o circo e recusar as condições ofertadas. A empresa nem tentou defender o indefensável e já foi logo marcando uma próxima reunião para o dia 21 de setembro, as 10 horas.

Essa estratégia da empresa, velha de doer, é uma forma de tentar enrolar os trabalhadores. A CLARO, como sempre faz, desrespeita a data base e espera a conclusão das negociações com as outras operadoras para nivelar por baixo.

Estamos no dia 15 de setembro, mês em que as negociações já deveriam estar concluídas e os empregados já sabendo o quanto seus salários e benefícios teriam de reajuste. A inflação come o poder de compra dos salários a cada minuto e a CLARO que reajustar os salários no ano que vem.

PROPOSTA DA EMPRESA:

=> Reajuste Salarial: 4% em fev/23
=> Reajuste VA VR: 4,5% em jan/23
=> Demais benefícios: 4% em jan/23
=> PPR/22: Pagamento em abril/23 nas mesmas base do PPR 2021, mas sem antecipação em razão de alegadas dificuldades no Fluxo de Caixa.

REUNIÃO DESNECESSÁRIA

Para o Coordenador da Comissão de Negociação dos Trabalhadores na Federação LiVRE, João Cezar (Sinttel-CE), a proposta da CLARO reflete a prática de outras negociações. “Desde antes da pandemia a operadora adotou esse modelo, oferecendo migalhas, com índices mínimos e após a data base. Aí, depois de cansar a todos com várias reuniões infrutíferas, apresenta uma proposta de abono compensatório para fisgar os trabalhadores. Um engodo”, disse João.

DIFERENÇAS DE VA/VR ENTRE OS TRABALHADORES

A Comissão destacou, na reunião, a indiferença da empresa para as graves distorções no pagamento do benefício VA e VR para trabalhadores de acordo com a data de admissão.

Segundo o coordenador, há anos essa reivindicação vem sendo colocada na pauta de reivindicações e a empresa não acena com qualquer possibilidade de igualar o benefício.

“Desde 2017 esse descalabro acontece e a CLARO não vê que pagar VA/VR e VR nas férias com valores diferentes para os trabalhadores é uma tremenda e injusta discriminação. É preciso equalizar essas diferenças e aplicar o INPC integral para essas cláusulas econômicas que estamos negociando”, cobrou João.

A próxima reunião precisa de mais seriedade e respeito. É o que os dirigentes sindicais da Livre esperam. É o que todos os trabalhadores da CLARO exigem.

A Comissão de Negociação da Federação Livre na CLARO é formada pelo coordenador João Cezar (Sinttel-CE), Dimas Santos (Sinttel Rio), Gilberto Pirajá (Sinttel-RN), Gilberto Oliveira (Sinttel-PE) Manoel Amaral (Sinttel-AM), Nilson Hoffman (Sinttel-ES), Sandra Zwirtes (Sinttel-RO) e Virgínia Berriel (Sinttel-Rio).

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