Na última sexta-feira (14) foi realizada mais uma reunião para negociação do Programa de Participação nos Resultados (PPR) da TIM para o ano de 2016. A comissão de dirigentes sindicais da FENATTEL, da qual está participando o presidente do Sinttel RN, Gilberto Pirajá, discutiu exaustivamente com a empresa as cláusulas do acordo e conseguiu arrancar uma boa proposta, considerando-se o cenário econômico do país e, especialmente, o desastroso resultado do programa no ano passado.
A proposta inicial da TIM era não fazer nenhuma antecipação salarial e ainda colocar o EBITDA (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) como condicionador de recebimento. Dessa forma, se o índice econômico não fosse atingido, o PPR seria ZERO, independente do atingimento das outras metas ou das avaliações individuais.
Nós repudiamos de maneira firme a proposta em reuniões anteriores e isso fez a empresa recuar. Na última negociação, conseguimos alcançar condições mais vantajosas para o trabalhador. Agora vai ter antecipação de 1 salário (a ser pago até 31 de outubro) e o gatilho do EBITDA foi retirado.
MAIS DO MESMO – Em linha com as condições já apresentadas por outras empresas do setor, a TIM fez mais do mesmo e na reunião de negociação realizada nesta segunda (17) em São Paulo a empresa “chorou as pitangas” e ofereceu reajuste salarial para março de 2017! Veja a proposta:
• 5% de reajuste para todos os empregados elegíveis (exceto gerentes senior e acima e especialistas master, jovens aprendizes, estagiários e aposentados por invalidez).
• Aplicação de reajuste proporcional ao período trabalhado (admissão)
• Aplicação do reajuste em março de 2017.
• 5% de reajuste dos benefícios Creche e PNE para todos os empregados, independentemente do tempo de admissão, em novembro de 2016.
• 5% de reajuste no VA para todos os empregados (exceto call center), independentemente do tempo de admissão, em novembro de 2016.
• Manutenção das demais cláusulas do ACT anterior.
A resposta dos dirigentes sindicais não poderia ser outra senão a recusa da proposta apresentada. Reafirmamos a pauta de reivindicações aprovada pelos trabalhadores e entregue à empresa, tanto em suas cláusulas sociais quanto econômicas. Destacamos que a correção de salários e benefícios deve ser retroativa à data-base (1º de setembro) e deve alcançar todos os empregados, sem exceções e sem proporcionalidades.
Uma nova reunião ficou agendada para o dia 08 de novembro.
DEMAIS OPERADORAS – Tanto a VIVO como a CLARO, coincidentemente, decidiram adiar as rodadas que estavam previamente agendadas para acontecer essa semana (VIVO no dia 19 e CLARO no dia 20). Segundo a VIVO, a saída de Amos Genish da presidência da empresa exigirá uma reavaliação de sua proposta e modelo negocial. Já a CLARO alegou não ter sido ainda possível aprovar internamente as bases para uma evolução em sua proposta de acordo.
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