A Comissão Nacional de Negociação da FENATTEL para o Grupo América Móvil, da qual é integrante o presidente do Sinttel, Gilberto Pirajá, reuniu-se na semana passada com a Claro/Embratel com o objetivo de iniciar a negociação do PPR 2015 para todos os trabalhadores dessas empresas.
Até o ano passado, tínhamos formas diferentes de negociação para os acordos coletivos de trabalho e de participação nos lucros e/ou resultados, mas a partir da fusão das empresas do Grupo negociaremos condições unificadas.
Em relação ao Vale Refeição, ainda existem valores diferentes em vários estados brasileiros, inclusive no interior de São Paulo, que devem ser unificados.
Na negociação de 2014 a empresa firmou “compromisso de rediscutir os valores praticados no programa alimentação em abril de 2015, com objetivo de equalizar as diferenças”.
Fenattel quer respostas já!
Esses eram os dois temas que a Comissão Nacional de Negociação queria definir nessa reunião. Afinal, os trabalhadores estão cobrando soluções efetivas e urgentes.
A empresa, entretanto, não apresentou proposta para nenhum deles, alegando que ainda não tem definição, querendo ganhar tempo ou empurrar com a barriga.
Por outro lado, a empresa correu para apresentar algumas propostas para tentar equalizar cláusulas dos acordos da Embratel com o da Claro. Como não poderíamos esperar outra postura da empresa, todas as propostas eram para precarizar o que já existe hoje, querem unificar por baixo e ganhar em cima do trabalhador de novo.
De pronto a Comissão de Negociação mostrou sua indignação sobre todos os pontos colocados pela Claro/Embratel, acrescentou que todas as cláusulas dos acordos coletivos tem validade até 31/08/15 e que os Sindicatos, juntamente com os trabalhadores, não aceitarão a PRECARIZAÇÂO que a empresa está sinalizando.
Quanto ao PPR e a equalização do vale refeição, a empresa informou que vai discutir internamente e que na próxima reunião programada para o dia 08/06 apresentará propostas.
Alteração das escalas de trabalho
O presidente do Sinttel reivindicou que a empresa suspenda imediatamente a escala de trabalho recentemente implantada no Rio Grande do Norte e nos demais estados da Região Nordeste, que obriga os empregados a trabalharem aos fins de semana, alternadamente, sem receber horas extras ou o sobreaviso, tudo para que a empresa possa reduzir seus custos. A nova escala altera de forma unilateral os contratos individuais de trabalho e descumpre o Acordo Coletivo de Trabalho vigente. O Sinttel espera que a empresa atenda administrativamente ao pleito de seus trabalhadores, sem que tenha de ser eventualmente constrangida a fazê-lo.
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